13/03/2016

Percy Jackson e o Ladrão de Raios

E a resenha dessa vez do clube do livro será de um livro que eu escolhi. \o/


"Primeiro volume da saga Percy Jackson e os olimpianos, 'O Ladrão de Raios' esteve entre os primeiros lugares na lista das séries mais vendidas do The New York Times. O autor conjuga lendas da mitologia grega com aventuras no século XXI. Nelas, os deuses do Olimpo continuam vivos, ainda se apaixonam por mortais e geram filhos metade deuses, metade humanos, como os heróis da Grécia antiga. Marcados pelo destino, eles dificilmente passam da adolescência. Poucos conseguem descobrir sua identidade. O garoto-problema Percy Jackson é um deles. Tem experiências estranhas em que deuses e monstros mitológicos parecem saltar das páginas dos livros direto para a sua vida. Pior que isso: algumas dessas criaturas estão bastante irritadas. Um artefato precioso foi roubado do Monte Olimpo e Percy é o principal suspeito. Para restaurar a paz, ele e seus amigos - jovens heróis modernos - terão de fazer mais do que capturar o verdadeiro ladrão: precisam elucidar uma traição mais ameaçadora que a fúria dos deuses."
Retirado do site da Saraiva.


Eu não lembro exatamente quando foi a primeira vez que li a série do Percy Jackson, fazia anos e eu já quase não lembrava dos detalhes do livro, as únicas coisas que ainda estavam nítidas na minha cabeça eram que: o livro era leve (por ser uma leitura juvenil) e que eu tinha gostado muito da maneira com que o autor conseguiu trazer, para uma adaptação, a mitologia Grega muito próxima dos verdadeiro mitos.

Primeiro vou falar um pouco da personalidade do Percy. Ele é um típico pré-adolescente, meio irritado, muito confuso, com uma grande vontade de se provar, um pouco atrevido e irreverente mas ainda com muito medo e inseguro. Ele foi feito para que essa turma bem jovem se identificasse e gostasse dele. Ele e a Anabeth se completam pois o que falta em um o outro tem de sobra, sem os dois a história não conseguiria fluir. Enquanto a Anabeth é uma pequena sabe tudo e estrategista, Percy fica com a parte impulsiva mas não menos perspicaz, ela pensa de mais e ele age mais que pensa... Hahaha

Eu já vi alguns filmes e seriados baseados nas lendas mitológicas gregas mas sempre me incomodava quando percebia que nas adaptações as lendas tinham sido tão alteradas que não continham quase nada do original. A primeira vez que li esse livro, fiz sem esperar nada, talvez por isso que ele me surpreendeu e me deixou com uma boa impressão, principalmente da maneira com que ele aborda os deuses e mitos gregos. O autor conseguiu criar uma história nos tempos atuais mas com os mitos praticamente intactos, criou a trama com a mescla de atualidade e mitologia e isso foi, com certeza, o que mais me chamou atenção.

Mas... nunca devemos esquecer de que é um livro juvenil, escrito para não ser complexo, nem longo, nem com formas de escritas muito elaboradas. É um livro que cumpre o que ele promete: uma aventura, com um grande toque de comédia e uma profecia de um herói para marcar época. Apenas vamos acompanhar a jornada desse herói até ele receber os louros.

O livro não é perfeito, uma coisa que me incomodou foi como ele é totalmente despreparado mas mesmo assim é jogado para se virar numa missão de vida ou morte, e as soluções aparecem muito fáceis, meio como sorte ou mágica. Mas consigo perdoar isso quando penso que, por ser exatamente assim que o meu filho provavelmente vai conseguir ler e gostar (daqui há alguns anos).

Uma dica muito importante, não assista o filme! É serio, gaste esse tempo fazendo uma coisa melhor. Rsrs
Se você não tem problemas com livros simples e despretensiosos, ou quer uma leitura curta e uma aventura divertida acredito que não vai se arrepender de ler essa série.

E sem esquecer que tanto o Felipe quanto o Mateus já fizeram as resenhas deles. =D  E hoje começa a leitura do próximo livro, o que será que o Mateus escolheu, heim... #surpresa #propróximopost

01/03/2016

Que Tal Aquela Partida de RPG?

Não é de hoje que me aventuro nessa dose de fantasia chamada de RPG, tem pelo menos 14 anos que fui apresentada a esse mundo de criatividade e a interpretação de um personagem. Minha primeira aventura foi no mundo de Tormenta, que por sinal gostava muito, e foi dessa época que surgiu o Alanna que carrego até hoje, mas a memória não me ajuda a lembrar do sistema usado no jogo. Rsrs

Mas joguei bastante mesmo depois que o meu eterno love/meu marido, resolveu aprender todas as regras de D&D4 e criamos um grupo para algumas aventuras. Sempre joguei como player, e na única vez que tentei mestrar me perdi bonito com a quantidade de players para administrar. Hahaha

Foto da mesa da nossa GameDay
Já era uma promessa antiga fazer uma Gameday para apresentar o conceito do RPG para o Felipe, Mateus e o Fábio, o problema é que com o tempo mais apertado, muito trabalho por fazer, o meu mestre favorito não estava podendo assumir esse compromisso, então restava a mim, criar coragem para mestrar alguma coisa para eles.

Depois de muito protelar, agora em janeiro e fevereiro fizemos a tão prometida GameDay, foram dois dias e dei sorte que no primeiro dia o meu marido podia mestrar, mas no segundo foi por minha conta, e é sobre isso que resolvi falar aqui.

Eu nunca fui uma player muito interpretativa, e como mestre percebi que aconteceu a mesma coisa. Diferente do Nandu, que entra na cabeça do personagem e faz caras e bocas, vozes e gestos, eu fui uma mestre mais contida, até mais perdida com a ficha de monstros. Ao mesmo tempo sei que isso pode se melhorar com o tempo e experiência, mas teve 3 coisas que eu tive mais dificuldade de lidar que vou listar aqui.


1- Improvisação

Por mais que o jogo tenha um roteiro, as escolhas e atitudes dos jogadores são bem imprevisíveis, e ter a imaginação e raciocínio rápido para contornar situações e responder perguntas  foi uma das coisas que mais me pegaram enquanto mestrava. Afinal eu precisava lidar com isso sem contar o destino da história e ao mesmo tempo dar as respostas que fossem condizentes. Nisso entra também a interpretação dos monstros e NPCs, que simplesmente esqueci de fazer quando entrei no encontro (encontro é a batalha do momento, luta). #QueVergonha

2- Metajogo

Metajogo é um termo que usamos para denominar quando um jogador tem um conhecimento sobre o jogo e transfere automaticamente para o personagem, ou no meu caso, quando o mestre induz seus players. Lembrando que esses dois são distintos e tem conhecimentos diferente, como o Guilherme falou muito bem no blog Cogumelando.
"A primeira coisa que deve ficar clara é que um personagem é um ser que tem vida própria, história própria, certos padrões de pensamentos e de emoções. Outro ser totalmente diferente é o jogador, que tem a sua própria maneira de pensar e agir. O jogador deve saber separar muito bem quem ele é, e quem é o seu personagem, tal qual um ator de cinema ou de teatro o faz.Um erro muito frequente cometido por jogadores iniciantes (ou até mesmo jogadores experientes desatentos) é misturar o conhecimento que um personagem tem junto dos conhecimentos que um JOGADOR tem. São duas coisas completamente opostas que afetam bastante numa história, se misturadas!" - Guilherme Marsolla em Falando sobre RPG #10
Eu sabia da história, sabia o que era preciso fazer e o que não se deveria fazer, e em muitos momentos foi difícil não falar mais do que devia, ou até mesmo induzir os players a tomar determinadas decisões. Tive muita dificuldade e em muitos momentos percebi que estava usando de metajogo para influencia-los em momentos que não era necessário. Com certeza isso eu preciso melhorar.


3- Difícil decisão de Matar ou Ajudar o Grupo

Eu nunca fui muito boa nos dados, eles não costumam gostar de mim, mas nesse GameDay eles estavam meio que do meu lado, ou o meu karma foi transferido para os players. Hauhau

Foi muito engraçado ver eles penando para matar dois Hobgoblins, tive que segurar muito os ataques para não mata-los logo no primeiro encontro, afinal queria que a diversão continuasse. Por ser uma Gameday só tinha 3 encontros e no segundo eles escolheram justamente o caminho para o chefão, já sabendo o quanto eles tinham penado no primeiro encontro, segurei de cara os ataques e monstros do segundo encontro, mas dessa vez eles tiveram sorte nos dados e mataram o chefão sem grandes esforços. o__O Mas faltava o último desafio, salvar os reféns sem ativar a armadilha, e a partir daí que a coisa desandou.

Eles sofreram tanto com os dados que foi muito difícil de ajuda-los, eu estava acertando ataques fortes e ao mesmo tempo eles não estavam com sorte. Depois que 2 estavam abatidos e os outros não estavam conseguindo se livrar da armadilha eu tinha no meu colo a bomba da decisão: Criar algum artifício para salva-los ou seguir o roteiro e com isso acabar matando todo o grupo e falhar a operação de resgate. Esse com certeza foi a decisão mais difícil do dia, foi a escolha que mais demorei para tomar, e acabei decidindo por matar todo o grupo. =(

Esse foi o meu relato bem simplificado sobre essa minha experiência de Mestre. Se quiser ver o outro lado dessa história vai lá ler o post do Felipe - Middangeard e do Mateus - Porão da Leitura.


31/01/2016

Meus 3 Últimos Filmes Assistidos

Já teve uma época que eu assistia no mínimo 1 filme por semana, comparado com aquele tempo, hoje eu quase não assisto mais. Rsrs 

Depois que me tornei mãe esse prazer ficou mais difícil pois o meu pequeno está sempre comigo, então, tudo o que vou assistir tem que ser uma coisa leve que não tenha nenhuma cena que ele não possa ver e com isso acabo quase nunca assistindo, porque o que eu quero não é... assim... muito indicado para ele. Hauhauhau

Quando decidimos que o tema do mês seria sobre os 3 últimos filme que assistimos eu tive que pedir ajuda aos universitários, no meu caso, para o Netflix. Rsrs Vou colocar aqui em ordem do mais recente para o mais antigo, porque percebi que assim fica uma ordem do pior para o melhor.


Grace Unplugged

Aos 18 anos de idade, Grace Rose Trey é uma cantora gospel de grande sucesso em sua vizinhança e na sua igreja, onde canta todos os domingos. Seu pai, Johnny, teve uma carreira de músico e chegou a emplacar um grande sucesso décadas atrás, mas logo foi esquecido e acabou abandonando o mundo das artes para se dedicar à fé cristã. Um dia, Grace recebe a proposta de se mudar para Los Angeles e tentar a carreira como ídolo pop, ou "a nova Katy Perry", segundo o empresário Frank Mostin. Sem avisar os pais, Grace abandona o lar e parte para Los Angeles, onde suas crenças serão testadas pelo concorrido mundo do estrelato.

Esse foi o último filme que eu assisti. O enredo me chamou bastante atenção, e também era sobre música mas acabou não sendo muito bom. Ele não é de todo ruim, mas não teve muito carisma e o final foi meio sonso e previsível de um jeito que me frustou. Não é um filme que assistiria de novo.

Estrelas: 


Spirit - O Corcel Indomável

No final do século XVII em pleno Oeste norte-americano vive Spirit, um cavalo que resiste a ser domado pelo homem. Ele se apaixona por uma égua local, chamada Chuva, e desenvolve uma grande amizade com um jovem índio Lakota chamado Pequeno Rio. Juntos eles acompanham a colonização do local onde vivem, percebendo as mudanças que a chegada da civilização fazem em seu dia-a-dia.


Caraca, esse é um filme que já assisti tantas vezes que não me surpreende dele estar entre os meus últimos assistidos... Hehehe

Adoro essa animação, principalmente das músicas. Spirit é um corcel selvagem, livre e curioso que foi capturado num dos seus momentos de extrema curiosidade, mas que resiste a tudo para poder escapar e voltar à sua manada. Nesse período ele é ajudado por um índio que tenta ensinar para ele que nem todo humano é inimigo.

Destaque para a trilha sonora que foi criada pelo Bryan Adams e Hans Zimmer, que ficou espetacular.



Estrelas: 

Samurai X ou Rorouni Kenshi


Kenshin Himura (Takeru Satô) era um samurai, que trabalhava a serviço do Império, mas com o fim do xogunato e instauração do governo Meiji, ele faz a promessa de nunca mais voltar a matar. Quando ele se vê envolvido com uma série de assassinatos e negócios ilícitos relcionados a comercialização de ópio, seu compromisso é posto a prova, assim como a vida das pessoas que ele gosta.

Esse é o primeiro filme da trilogia e eu o reassisti com o intuito de fazer a maratona e terminar a trilogia, mas o meu plano falhou... Hauhauhauh (ノ><)ノ

O Filme foi baseado num mangá e o anime Samurai X fez muito sucesso nos anos 90 aqui no Brasil e nos EUA. Esse filme foi muito bem dirigido e as cenas de lutas são o ponto alto dele, coreografadas com excelência. Eu recomendo muito, se não me engano ele tem dublado e legendado no Netflix.

Estrelas: 


Agora dá uma passada lá no Middangeard e no Porão da Leitura para ver o post do tema do mês deles.
 (^_-)

09/01/2016

Resenha O Nome do Vento e o Meu Sentimento Dúbio.

Numa das muitas conversas sobre literatura, (principalmente depois de temos lido a Lenda de Ruff Ghanor), o Felipe e eu decidimos que algumas vezes leríamos o mesmo livro para  poder compartilhar entre nós as primeiras impressões, e quando estávamos decidindo como seria a forma de escolha do próximo livro, ele surgiu com a brilhante ideia de cada um escolher um que o outro poderia gostar mas que nunca teria coragem de ler. E daí surgiu um novo projeto (Caraca, de projeto eu estou cheia, só falta dar conta de tudo... Rsrs) onde cada participante escolhe um título para que todos leiam juntos e depois faremos uma resenha no blog.

E para deixar essa aventura ainda mais legal contamos com o ingresso de mais um participante!! O Mateus, "discípulo" do Felipe, (Coitado dele... hauhau) dono do novíssimo blog Porão da Leitura. Além do mais, já iniciamos com uma ótima escolha do Felipe para o primeiríssimo livro da extensa lista criada por nós e mantida em segredo (ou não, já que sou previsível) até o momento certo de revelar para o grupo, já que foi decidido por sorteio a sequência das pessoas que indicariam a próxima leitura. Nessa rodada o Felipe ganhou a oportunidade de indicar o livro, seguida por mim e depois pelo Mateus. Os dois já escreveram suas resenhas, só entrar nos links para ver o que eles acharam de O Nome do Vento!!! (by Felipe - Middangead) ( by Mateus - Porão da Leitura) Cuidado com a minha resenha pois ela vai ter spoilers... 


O Nome do Vento - Patrick Rothfuss


O livro conta a história de Kvothe narrada por ele a um cronista, enquanto este está vivendo como um  taverneiro sob o nome de Kote. 

Kote tem um segredo, aparenta estar se escondendo de alguém ou de alguma coisa, talvez seja dele mesmo. Ouve seus feitos, narrados e aumentados pelas pessoas, é um mito, uma lenda, acreditado por alguns e tratado como "apenas uma história" por outros. Vivendo um dia após o outro, com sua simples rotina cuidando de sua hospedaria, até que um evento o coloca no caminho de um cronista, mas não somente um simples escritor, um grande buscador da verdade muito conhecido por desfazer lendas e chamado com reverência de O Cronista, o maior de todos os tempos, e depois de muito empenho e algumas negociações Kote resolve contar sua história para ele.

Tenho que avisar que tenho um sentimento ambíguo com esse livro, ao mesmo tempo que a história é envolvente e em alguns momentos não queria parar de ler, em outros, ela era tão frustrante que minha vontade era de abandonar e nunca mais voltar. Hauhau Não posso dizer que amei de paixão, e nem posso falar que ele é terrível e que daria uma nota baixa. Na verdade se precisasse dar uma nota para O Nome do Vento não conseguiria...  Para um livro mexer tanto assim comigo ele só pode ser muito bom, né? Ou talvez eu seja maluca... Hauhauha

http://carlospardo.daportfolio.com/gallery/90570

Sem dúvida uma das partes que mais gostei foi a narração da infância dele com seus pais e suas primeiras aulas com seu tutor. Kvothe foi uma criança prodígio, muito inteligente, curiosa e ávida por conhecimento. Seus pais eram artistas que viajavam pelas cidades se apresentando junto com a trupe, mas eles não eram qualquer trupe, eles eram Edenas Ruh, muito mais habilidosos e cultos que outros artistas itinerantes, e tinham fama e respeito por se apresentarem para pessoas importantes.

Numa dessas paradas Kvothe conhece Abenthy um arcanista que se junta à trupe por um tempo, um velho com uma carroça cheia de livros e "truques mágicos", para uma criança curiosa, como Kvothe, é uma pessoa difícil de não se interessar. Ben tem uma paciência e um carinho por Kvothe que aparentemente não é de seu feitio; responde suas perguntas, o deixa mexer em seus livros e seus pertences, os dois gostam da companhia um do outro. Ben acaba se tornando o seu tutor e o inicia no mundo da alquimia, da simpatia, da retórica, da história, da botânica, da química, da anatomia, e outras ciências que tinha conhecimento. Percebe naquela criança o potencial e a inteligência para frequentar a Universidade, e como sabe que quem não tem dinheiro precisa se esforçar mais, acaba treinando a mente já aguçada de Kvothe para se destacar por seu conhecimento e habilidades para que ele possa permanecer lá, se assim ele desejar. 

(Tenho que comentar aqui o quanto gostei da forma como o autor apresenta a magia, muito misturada com a ciência, com a alquimia e com o poder da mente. Foi espetacular!)

Kvothe concilia suas aulas com Ben com seus próprios afazeres e obrigações já que é um filho de Edena Ruh, tem o dever se se especializar no teatro, na interpretação, na música (toca o alaúde muito bem), na etiqueta, além de ajudar seus pais com coisas corriqueiras da viagem. Seus pais são amorosos mas ao mesmo tempo firmes, fazendo Kvothe uma criança com uma habilidade incrível e com uma personalidade justa e educada, que não aparenta a idade que tem. Mas Kvothe continua uma criança, espoleta, destemida e insensata em alguns momentos, numa de suas viagens na carroça de Ben, (querendo muito qualquer pista para conseguir aprender o Nome do Vento, conhecimento que Ben sabia mas sempre evitava explicar por achar que Kvothe ainda não estava pronto), ele faz uma dessas coisas insensatas, que coloca sua vida em risco, fazendo Ben reconsiderar sua forma de tutoramento, e colocando uma distância entre os dois.

A vida feliz e despreocupada de Kvothe está preste a mudar, um pouco depois de perder Ben, que resolveu se fixar numa cidade, a trupe é atacada e todos são mortos por uma lenda muito antiga, o Chandriano. Tudo porque seu pai estava escrevendo uma música sobre esse mito, e aparentemente recolhendo as informações corretas. Então agora ele está sozinho e muito chocado para prosseguir com seus projetos e desejos.

http://carlospardo.daportfolio.com/gallery/90570#2
Esse é o período mais tenso e sombrio do livro, momento onde ele tem que lidar com o luto de seus pais e descobrir como irá sobreviver sem aquele porto seguro. Essa parte realmente mexeu muito comigo, como ele tentou lidar com a dor logo depois de ter sobrevivido ao ataque, foi um momentos onde eu me envolvi totalmente e não conseguia parar de ler. Aqui o seu alaúde se torna mais que um instrumento, é uma peça fundamental, uma extensão de sua alma.

Após isso acompanhamos Kvothe sobrevivendo como uma criança de rua, passando fome, frio, e lutando contra a cidade e contra os outros que estavam na mesma situação. Foram anos até que ele conseguisse sair do topor causado pela dor e descobrir um motivo para lutar, uma meta a cumprir. Para isso ele precisa ir para a Universidade, mas como? Como alguém que não tem nada pode querer ir para um lugar onde só quem tem dinheiro pode se manter? Kvothe decide usar tudo o que aprendeu, todas as suas habilidades para chegar lá, mas o que ele usou mais do que tudo foi sua coragem. Coragem e determinação era o que mais ele tinha.

Foi a partir daqui que o meu sofrimento maior começou, minha relação de amor e ódio ganhou força. Rsrs

http://kingkiller.wikia.com/wiki/The_University
A narrativa já tem uma dinâmica que me frustra e me incomoda um pouco em qualquer livro, a história não é linear. Como ela é narrada pelo próprio Kvothe, os saltos no tempo, passado e presente ocorrem muitas vezes durante todo o livro, isso me frustrava várias vezes. E as decisões que ele tomou depois de entrar na Universidade me enlouquecia, mas talvez é o que deixa essa história tão especial. Kvothe é humano, não é perfeito, é muito inteligente e todos esperam muito dele, mas nem sempre ele age como todos gostariam, e eu fui uma dessas pessoas, talvez eu criei muita expectativa em cima dele. Esperava que tudo o que ele aprendeu com o Ben somado com as lições que aprendeu nas ruas o tivessem deixado mais maduro, mas ele tinha apenas 15 anos, talvez o autor quisesse ressaltar isso naquele momento.

Na academia Kvothe fez amigos, ganhou admiração de alguns, e o ódio de outros, ele tinha pressa, estava desesperado para alcançar o que mais desejava, e como sabemos, pressa e perfeição não andam de mãos dadas. Foi nesse período que sua fama começou, seus inimigos o queria ver cair, mas sua inteligência e principalmente sua coragem para transpor essas situações conseguiam fazer sua fama, foi ali que ele começou sua lista de nomes.

“Meu nome é Kvothe, com pronuncia semelhante à de ‘Kuoth’Os nomes são importantes porque dizem muito sobre as pessoas. Já tive mais nomes do que alguém tem direito de possuir. Meu primeiro mentor me chamava de E`lir, porque eu era inteligente e sabia disso. Minha primeira amada de verdade me chamava de Duleitor, porque gostava desse som. Já fui chamado de Umbroso, Dedo-Leve e Seis-Cordas. Fui chamado de Kvothe, o Sem-Sangue; Kvothe, O Arcano; Kvothe, O Matador do Rei. Mereci esses nomes. Comprei e paguei por eles. Mas fui criado como Kvothe." 
http://justinswapp.com/the-name-of-the-wind-book-review/

Nesse período também conhecemos Denna, uma garota misteriosa, a primeira paixão de Kvothe, que aparenta exercer uma grande influência na história. Ainda não sei o que esperar dela, vou ter que ler os outros volumes para conseguir entender qual a verdadeira importância de Denna nos acontecimentos e na vida de Kvothe.

Não posso deixar de comentar sobre Bast, que é discípulo do protagonista e está junto com ele no momento presente, aparentemente muito dedicado e leal. Acredita que seu mestre está se esquecendo de sua força e de sua história, e está determinado a fazer tudo o que puder para trazer de novo herói que existe em Kote. Quero muito ler a continuação para conhecer mais sobre Bast, sobre como aconteceu essa amizade e entender os motivos das ações dele, já que aparentemente ele é o responsável por acontecimentos muito importantes no início do livro.

O Nome do Vento na minha opinião é uma história envolvente, empolgante, que merece que eu dê uma chance para ela. Rsrs Pretendo reler o livro, tentando não me incomodar com o que acontece na Universidade, e quem sabe assim possa realmente me apaixonar por ele ou pelo menos conseguir classifica-lo.  =^__^=